sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ainda não foi desta ( Taça UEFA)

Ontem o ( "meu") Sport Lisboa e Benfica ( daqui em diante Benfica) entrou em campo certamente esperançado em conseguir conquistar a 1ª vitória em solos gêrmanicos frente ao Herta de Berlim. Sinceramente, não duvidava que isso fosse possível, já vi esta época este Benfica jogar bom futebol ( e muito) com um bom resultado (casos do jogo contra o Sporting e o Napoles ). No entanto, temi o pior quando vi um uma cabeça amarela entrar em campo que não a do ( surpreendente) Yebda....
Este lesionou-se no aquecimento e Quique Flores , que desde já lhe dou os meu parabéns pela serenidade que veio trazer ao clube e, sentido de entrega, trabalho e respeito pela camisola, colocou no seu lugar Binya.

Para mim foi uma opção errada, a unica coisa semelhante entre Binya e Yebda é mesmo só a cor do cabelo. Binya, com todo o respeito que tenho,como pessoa e jogador, não é jogador para o Benfica. É muito fraco taticamente, técnicamente e tem muita dificuldade em construir jogo incrível , mesmo a destruir é fraco, ocupa-se mais em destruir as pernas dos adversários do que a destruir jogo, causando muitas vezes faltas sem sentido nenhum(não faz uma falta inteligente!).

Se tivermos em conta que ao seu lado iría jogar Katsouranis, um jogador completo que preenche bem o meio campo, mas de certo forma defensivo, era claro que Bynia iria ser uma nulidade naquele meio campo, um vazio! Carlos Martins devia ter sido a opção inicial, um jogador que pensa bem o jogo, construi e distribui o jogo e ainda é uma boa opção para remates de meia distância.... infelizmente Quique assim não o entendeu, o que até de certa forma compreendo. Jogou pelo seguro e tentou reforçar o meio campo para ganhar o jogo nesse terreno, partindo assim rapidamente para o contra ataques. Mas a verdade é que se Katosouranis recupera uma bola e rapidamente procura um apoio para lançar um contra-ataque, tem Binya ao seu lado que não sabe ler o jogo e o timing para o contra ataque perde-se.... Se é o própria Bynia a recuperar a bola (sem falta, o que raramente acontece) este não tem a displicência de efectuar uma rápida leitura de jogo e, ou perde a bola ou coloca mal a bola para trás travando um ataque e fazendo que o ataque comece todo de novo....Luisão (ou Sidnei) para Jorge Ribeiro ou Maxi, Maxi/Jorge Ribeiro de novo para Binya e Binya lá tem que arranjar uma solução outra vez ( que martírio deve ele pensar quando tem a bola nos pés, até queima), o que torna o jogo muito lento, logo previsivel e sem efeitos práticos. Quando simplesmente cansados daquele " toma lá tu que eu não sei o que fazer" entre Binya, Katsouranis, Maxi, Jorge Ribeiro, Luisão e Sidnei lá vai xutão para as alas ou para os avançados, o que contra os " pequeninos e fraquinhos" alemães tá se mesmo a ver o resultado, nulidade prática da maioria dos ataques e um cansaço e frustação desnecessário para os alas e avançados. Quando isso não acontece, lá vêm os alas buscar jogo ao miolo, mas depois ficam sem ninguém para jogar nas as alas que são importantes e perdem-se ataques, atrás de ataques e, já há muito se sabe quem não ataque sofre....
E foi isso que aconteceu quando Quique decide bem colocar Carlos Martins em campo, mas mal ao tirar para este entrar, o Katsouranis (!) e deixar o Binya? Não vou já começar a criticar o treinador, até porque defendo e aplaudo que os adeptos e a própria equipa tem que perceber que não se começa a construir nada pelo fim, e nesta época o importante é construir uma equipa e introduzir o sistema de jogo, mentalidade e princípios do treinador, mas não é por isso que deixam de existir objectivos nesta época. A nivel internacional passar os grupos é um objectivo e a nivel nacional qualificarnos para a liga dos campeões são objectivos que podem ver-se comprometidos com estas decisões que não compreendo. Espero que ele (Quique) as compreenda e , sendo assim quer dizer que são decisões suas, pensadas, logo pode perceber que estão erradas....se já forem simplesmente burrices, para não dizer incompetências as coisas vão se complicar. No entanto, acredito no valor de Quique e espero que ele aprenda com os seus erros, alías, só se tem a aprender com eles.

Por enquanto, a verdade, tal como Quique disse no final do jogo, "empatar fora de casa é passo em frente". Se tivermos em conta que jogámos fora e na forma como está estruturado este grupo da UEFA (com as equipas a defrontarem-se só uma vez entre si) todos os pontos acumulados são importantes e um ponto fora, é sem dúvida bom.

Os meus parabéns a Nuno Gomes pelo o bom jogo que fez, trabalhou muita para a equipa.

Agora é importante ganhar os jogos em casa e ainda conseguir pontuar no jogo fora!

Força Benfica! Eu acredito!

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